quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Traçadinho musica original da Estudantina Universitária de Coimbra


Vejo a lua duas vezes
                               Sol
E o céu está a abanar
                            Rém
Que diabo aconteceu
Sol                              
Como é que aqui vim parar
Mi                           Lám
As pernas estão a tremer
Mi                         Lám
Isto agora vai ser bo
                         Sol
Queria cantar um fadinho
                        Dó _ Dó7
Mas não acerto co tom

Refrão                
                                       Sol
Desta vez estou mesmo à rasca
Mi                              Lám
Vou-me pirar de mansinho
                          
Não volto àquela tasca
              Sol                                      
Não bebo mais traçadinho

Tenho a guitarra partida
Esta noite é para desgraça
Não conheço esta avenida
Mas que diabo se passa
Esta vida é de loucos
Esta vida é de ir e vir
Quando um homem bebe uns copos
Começa logo a cair

Refrão x2 

Decidi hoje colocar uma das musicas mais tocadas por todas as Tunas do nosso universo tunate 

sábado, 8 de setembro de 2012

O significado do "F.R.A", de onde provém e qual a sua razão de ser?

F.R.A. ("éfférreá")

A sigla F.R.A. , parece provir dos tempos conturbados da Crise Académica (Frente Revolucionária Académica), inspirados, no FRA brasileiro (Frente Republicana Académica) este grito voltaria a fazer-se ouvir em Coimbra, pelos refugiados estudantes brasileiros, albergados na República dos Cágados. 

Estes estudantes recriam a Frente Republicana Académica de outrora, sob a batuta de um tal Divaldo Freitas (grande divulgador do grito) gritando "FRA!", como acrónimo codificado, contra o regime de Getúlio Vargas (1883-1954), o qual chegára à presidência da república brasileira em 1934, instaurando uma ditadura com o  golpe de Novembro de 1937.
Divaldo Freitas (que já entoaria essa sigla nos jogos de futebol do Cantanhede, segundo o avançado por Octávio Sérgio) passará esse grito para os quintanistas de medicina que, em 1938, o estreiam no jardim botânico da UC, rapidamente passando a todos os cursos que, nessa queima, o cristalizam e oficializam.

O grito passa, então,  para diversos contextos, nomeadamente o do futebol, ouvindo-se nas partidas da "Briosa", como forma de incentivar, exteriorizar, expressar alegria ou, como no caso da crise de 1968, como lema reivindicativo e contestatário.
Parece provável, contudo, a ligação à ideia revolucionária até porque quando referia a parte do "Aos canhões; a rolar peças" (popularizado pela EUC), está presente esta ideia bélica que, ao que tudo aponta, se referiria ao famoso Batalhão Académico de 1808, num exercício de saudosismo histórico da participação e garra dos Estudantes de Coimbra na luta contra os exércitros napoleónicos (1ª invasão). Deste modo, tudo indica ter origem no espírito "revolucionário" que grassou em finais da década de 60 do século passado.


Aliqua Vs Arriquá

Já no que respeita ao ALIQUA, dizer que o termo original, que é um pronome indefinido, é ALIQUIS (alguém, algo, algum), embora possa assumir-se como substantivo (aliquis, aliqua, aliquid – algum, alguma, alguém, algo, alguma coisa) ou, ainda, como adjectivo (aliqui, aliqua, aliquod – algum, alguma, algo).

É declinado como QUIS, mas com a adição do prefixo ali-: aliquis, aliqua, aliquod, com a única diferença que, no feminino, ele faz aliqua, e não *aliquae".

Muitos pronunciam "ARRIQUÁ", mas é erróneo, pelo já explicado. Esta expressão, de que não consigo vislumbrar significância, poderá ter surgido por um facilitismo fonético.


CHIRIBIRIBI-TA-TA-TA-TA

Já o "CHIRIBIRIBI-TA-TA-TA-TA" é, ao que tudo indica, referente a uma Marcha Carnavalesca de Victor 34.115B, interpretada pelo "Bando da Lua", gravada em novembro de 1936 e lançada em dezembro de 1936.
Recordo que, em inícios do séc. XX, as festividades estudantis, nomeadamente os cortejos, eram conhecidos por "Carnavais de Estudantes" (ou termo similar), sendo, pois, lógico que conste do grito uma referência histórica a esse facto e que, no fundo, traduz o espírito de folia, alegria e festa.


O "Foguete" (Final)

Por fim, a questão do FOGUETE (Chhhhhhh....Pum/....) e dos ditos que se lhe seguem (cada qual à sua maneira e tradição) é um a introdução muito recente.
 

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

"F.R.A." O Grito Académico

O Grito Académico divulga-se ao mundo tunante, com o lançamento do CD "Estudantina Passa". Não se possuindo assim qualquer dado documental e fidedigno que aponte a data da sua criação, visto que, o grito foi sofrendo alterações sucessivas ao longo dos tempos e mais significativas nos últimos anos.
O Grito Académico, divide-se em 2 partes: Dedicatória e Aclamação. Assim:

- Então (malta / Tuna/ pessoal), e para............não vai nada,nada,nada,nada?
- Tudo !
- Mas mesmo nada,nada,nada,nada?
- Tudo
- Então, com toda a cagança, com toda a pujança ..........(e outros dizeres dependendo da pessoa)..... aqui vai/sai um...F-R-A!
- Frá!
- FRE!
-Fré!
-FRI!
- Fri!
- FRO!
- Fró!
- FRU (com prolongamento do som É da letra  F: "éf "- concluindo com RU - "ériu").
- Fru!
-(todos) FRA, FRE, FRI, FRO FRU
ALIQUA, (a)liquá, (a)liquá (BIS)
CHIRIBIRIBI-TÁ-TÁ-TÁ-TÁ (Bis)
HURRA, HURRA, HURRA!!!

 Alguns irão torcer o nariz, porque o interpretam de outra forma, nomeadamente a parte do Aliqua ou do Chiribiribi.

Blog

Este blog destina-se a publicação periódica ou não de elementos importantes para Praxe, bem como músicas e assuntos relacionados com o universo Tunante e elementos que nada têm haver.
Todos os posts iram ter o local de onde foram retirados, bem como o seu autor pois nem todos serão da minha autoria.